terça-feira, 22 de agosto de 2017

O que preciso?

O que preciso?

Né muita coisa não!... Infelizes daqueles que almejam o mundo para serem felizes. A felicidade está muito mais proxima do que se imagina. Basta querer enxergar.

Olhar pra dentro de si mesmo. Respirar fundo. Estar em silencio e admitir é o mais dificil.

Estamos cercados de preceitos definidos pela sociedade a respeito do modelo ideal de felicidade que nos envergonhamos a apresentar nosso humilde modelo de felicidade.

Por tantas vezes esse modelo nao tem nada! Nada a ver com o que se mostra na propaganda. E por essas e outras temos a vergonha em admitir.

Incrivelmente somos seres tão parecidos fisicamente e tão diferentes mentalmente. Por tanto cada um define o que quer.. .do jeito que quer e na hora que quer... Não tenhamos vergonha em admitir o que somos... lamentar ou festejar por isso.

Goste do que goste, aceite! E seja feliz!

terça-feira, 21 de junho de 2016

Me fez lembrar de meu pai.... Um dia esteve entre nós..... Que saudade!!

O Pálido Ponto Azul

"A espaçonave estava bem longe de casa. Eu pensei que seria uma boa ideia, logo depois de Saturno, fazer ela dar uma ultima olhada em direção de casa.

De saturno, a Terra apareceria muito pequena para a Voyager apanhar qualquer detalhe, nosso planeta seria apenas um ponto de luz, um "pixel" solitário, dificilmente distinguível de muitos outros pontos de luz que a Voyager avistaria: Planetas vizinhos, sóis distantes. Mas justamente por causa dessa imprecisão de nosso mundo assim revelado valeria a pena ter tal fotografia.

Já havia sido bem entendido por cientistas e filósofos da antiguidade clássica, que a Terra era um mero ponto de luz em um vasto cosmos circundante, mas ninguém jamais a tinha visto assim. Aqui estava nossa primeira chance, e talvez a nossa última nas próximas décadas.

Então, aqui está - um mosaico quadriculado estendido em cima dos planetas, e um fundo pontilhado de estrelas distantes. Por causa do reflexo da luz do sol na espaçonave, a Terra parece estar apoiada em um raio de sol. Como se houvesse alguma importância especial para esse pequeno mundo, mas é apenas um acidente de geometria e ótica. Não há nenhum sinal de humanos nessa foto. Nem nossas modificações da superfície da Terra, nem nossas maquinas, nem nós mesmos. Desse ponto de vista, nossa obsessão com nacionalismo não aparece em evidencia. Nós somos muito pequenos. Na escala dos mundos, humanos são irrelevantes, uma fina película de vida num obscuro e solitário torrão de rocha e metal.

Considere novamente esse ponto. É aqui. É nosso lar. Somos nós. Nele, todos que você ama, todos que você conhece, todos de quem você já ouviu falar, todo ser humano que já existiu, viveram suas vidas. A totalidade de nossas alegrias e sofrimentos, milhares de religiões, ideologias e doutrinas econômicas, cada caçador e saqueador, cada herói e covarde, cada criador e destruidor da civilização, cada rei e plebeu, cada casal apaixonado, cada mãe e pai, cada crianças esperançosas, inventores e exploradores, cada educador, cada político corrupto, cada "superstar", cada "lidere supremo", cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu ali, em um grão de poeira suspenso em um raio de sol.

A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica. Pense nas infindáveis crueldades infringidas pelos habitantes de um canto desse pixel, nos quase imperceptíveis habitantes de um outro canto, o quão frequentemente seus mal-entendidos, o quanto sua ânsia por se matarem, e o quão fervorosamente eles se odeiam. Pense nos rios de sangue derramados por todos aqueles generais e imperadores, para que, em sua gloria e triunfo, eles pudessem se tornar os mestres momentâneos de uma fração de um ponto. Nossas atitudes, nossa imaginaria auto-importancia, a ilusão de que temos uma posição privilegiada no Universo, é desafiada por esse pálido ponto de luz.

Nosso planeta é um espécime solitário na grande e envolvente escuridão cósmica. Na nossa obscuridade, em toda essa vastidão, não ha nenhum indicio que ajuda possa vir de outro lugar para nos salvar de nos mesmos. A Terra é o único mundo conhecido até agora que sustenta vida. Não ha lugar nenhum, pelo menos no futuro próximo, no qual nossa espécie possa migrar. Visitar, talvez, se estabelecer, ainda não. Goste ou não, por enquanto, a terra é onde estamos estabelecidos.

Foi dito que a astronomia é uma experiência que traz humildade e constrói o caráter. Talvez, não haja melhor demonstração das tolices e vaidades humanas que essa imagem distante do nosso pequeno mundo. Ela enfatiza nossa responsabilidade de tratarmos melhor uns aos outros, e de preservar e estimar o único lar que nós conhecemos... o pálido ponto azul." Carl Sagan.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

A letter to no one

A letter to no one!

Porque escrevo? Porque divago? Porque viajo tanto e não saio de mim. Porque coisas simples do dia a dia tornam-se tão difíceis de enfrentar em certas ocasiões!? Já compreendi que não sou tão normal assim.

Já compreendi que a normalidade é coisa que não desejo encarnar. Prefiro ser esse ser incerto e indeterminado. Um mistério até pra mim mesmo.

Começa em breve uma nova etapa em minha vida. Na sua e na de todos. De tempos em tempos vamos tendo obstáculos que não esperamos. Situações que se postam no caminho que não escolhemos e precisamos enfrentar. Quem disse que seria fácil viver não é!? E no final é só nós mesmos e mais ninguém infelizmente.

Posso estar sendo negativo, irônico ou pessimista. Mas a vida é tudo isso e muito mais. Ela nos testa o tempo todo. O mundo gira e com ele giram os pensamentos as certezas e as situações. Dá-lhe forças de verdade. Porque fácil não é! E também não tão difícil assim, desde que nos empenhemos a fazer. A sair do lugar. A agir. E a enfrentar a vida e logo depois observar que nem foi tão difícil assim. Difíceis talvez sejam momentos que dificilmente enfrentamos. Graças né!? Rs

Hoje me permiti voltar a escrever devaneios. Devaneios que sempre me assolam e que deixo de ouvir. Mas não quero mais isso. Quero soltar as felicidades e angustias que vivem aqui dentro... e quem sabe confortar os ouvidos de algum desavisado que passa por aqui.

Hoje e sempre......

Eu mesmo...

sábado, 27 de abril de 2013

Na madrugada

Despertei...

O corpo cansado e inquieto na cama, a cabeça lentamente acordando e pensamentos diversos vão se alinhando. Incomodo é acordar antes da hora, seria melhor ter acordado depois dela. Deu vontade de ouvir uma musica da época da minha juventude, então vou pra sala fazendo o minimo de barulho possível e ligo o note e ponho-me a ouvir a musica em questão e outras mais, já que o sono fugiu de mim.

O atual momento que estou vivendo é complicado. E me pergunto -será que existe algum momento na vida que não seja? Digamos que passamos por varias fases da vida, algumas mais acomodadas outras mais revoltadas, outras querendo fazer uma revolução pessoal e outras querendo ficar quietinho num canto, calado, sozinho ou não.

Com isso a vida vai passando a passos largos, já tenho idade pra ser chamado de senhor. Estranho que ainda me sinto um ser incompleto. Um ser em formação. Se me perguntarem -Você esta preparado pra morrer?. Diria que não. Não ainda. Tenho que admitir que já passei alguns momentos inesquecíveis na minha vida. E a vontade é de passar outros. Talvez algumas realizações. Talvez ver meus filhos crescerem e se ajeitarem na vida. Talvez pular de para-quedas ou morrer tentando realizar esse desejo. Só sinto que sou um ser imperfeito ou talvez seria melhor dizer incompleto.

E hoje sei que o que falta não vai ser obtido por outras pessoas. Preciso sim buscar o que falta o que preciso o que procuro dentro de mim mesmo. E para isso acredito que preciso viver, viver mais intensamente a minha vida. E para isso preciso enxergar a realidade e corrigir o quanto antes o que sinto não estar certo. E algumas coisas que a sociedade preza tanto, talvez precise observar com mais atenção. Por exemplo: a sociedade, as pessoas em geral prezam muito o respeito pelo outro. Pois bem, é verdade acredito que essa seja uma conduta correta para com as outras pessoas. Só que antes de mais nada a pessoa que no caso sou eu, preciso primeiro respeitar a mim mesmo e as coisas que acredito. E se fizer um retrocesso por varias vezes isso não aconteceu.

É muito fácil a gente aprender em livros, filmes, sociedade, família, igreja ou pelos outros as características ideais de uma pessoa. Como por exemplo ser uma pessoa sincera, carinhosa, atenciosa, caridosa, batalhadora, romântica, educada e muito mais... Só que o grande conflito é -Eu preciso mesmo ser assim? Preciso mesmo ser esse padrão idealizado pela sociedade? Preciso suprimir muito do que sou só pra me dar bem na vida e com as pessoas? E depois? O que acontece quando estivermos fazendo um balanço da vida? Olhar pra trás e ter o péssimo habito de pesar tudo, dizendo.. eu não fui sincero nem fiel com minha esposa mas por outro lado tratei meus filhos muito bem. Eu fui um péssimo profissional mas em compensação fiz tudo o que quis fazer, tenho minha honra.

É um absurdo imaginar que a vida possa ser colocada numa balança. Que podemos sempre compensar uma coisa com outra... pra que? Talvez se fosse uma balança com inúmeros pratos dispostos um ao lado do outro, talvez tivesse uns cinquenta pratos dispostos um ao lado do outro num circulo interligados ao centro todos, como numa balança mesmo. Aí seria uma balança mais real, porque o assunto é muito mais complexo do que se imagina. O que preciso mesmo é olhar mais pra dentro de mim. Ver o que preciso melhorar e correr atrás disso. Sei que se ficar dependendo dos outros não vai resolver nada.

Algo me incomodou quando acordei, e passo agora a pensar sobre isso. Tive uma duvida a respeito da conduta de uma pessoa que estou conhecendo. E com isso busquei a verdade. Só de falar isso "busquei a verdade" dá vontade de rir. Porque já tive varias comprovações de que a "verdade" de cada um é diferente. Cada um cria e mata os demônios que quer. Tô cansado sabe!? De algumas condutas minhas e mais ainda da conduta dos outros. É muito materialismo, consumismo, muitas formas de nos fazer distanciarmos de nós mesmos. E a cada dia encontram-se formas de amenizar a culpa de não se preocupar consigo mesmo.

.....
Será que existe alguem ou algum motivo importante que justifique a vida ou pelo menos esse instante?

domingo, 26 de agosto de 2012

Livro: O Castelo dos Pirineus de Jostein Gaarder (autor de O mundo de Sofia) - No fim, eu já não precisava perguntar por que você estava chorando. Eu sabia o porquê, e você sabia que eu o sabia. ..... - Certas pessoas se sentem ofendidas quando alguém as lembra de que elas existem.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sábias Observações de Ghandi

A não-violência, em sua concepção dinâmica, significa sofrimento consciente. Não quer absolutamente dizer submissão humilde à vontade do malfeitor, mas um empenho, com todo o ânimo, contra o tirano. Assim um só indivíduo, tendo como base esta lei, pode desafiar os poderes de um império injusto para salvar a própria honra, a própria religião, a própria alma e adiantar as premissas para a queda e a regeneração daquele mesmo império.

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É o sofrimento, e só o sofrimento, que abre no homem a compreensão interior.

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Só se adquire perfeita saúde vivendo na obediência às leis da Natureza. A verdadeira felicidade é impossível sem verdadeira saúde, e a verdadeira saúde é impossível sem rigoroso controle da gula. Todos os demais sentidos estarão automaticamente sujeitos a controle quando a gula estiver sob controle. Aquele que domina os próprios sentidos conquistou o mundo inteiro e tornou-se parte harmoniosa da natureza.

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A civilização, no sentido real da palavra, não consiste na multiplicação, mas na vontade de espontânea limitação das necessidades. Só essa espontânea limitação acarreta a felicidade e a verdadeira satisfação. E aumenta a capacidade de servir.

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Aprendi, graças a uma amarga experiência, a única suprema lição: controlar a ira. E do mesmo modo que o calor conservado se transforma em energia, assim a nossa ira controlada pode transformar-se em uma função capaz de mover o mundo. Não é que eu não me ire ou perca o controle. O que eu não dou é campo à ira. Cultivo a paciência e a mansidão e, de uma maneira geral, consigo. Mas quando a ira me assalta, limito-me a controlá-la. Como consigo? É um hábito que cada um deve adquirir e cultivar com uma prática assídua.

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O silêncio já se tornou para mim uma necessidade física espiritual. Inicialmente escolhi-o para aliviar-me da depressão. A seguir precisei de tempo para escrever. Após havê-lo praticado por certo tempo descobri, todavia, seu valor espiritual. E de repente dei conta de que eram esses momentos em que melhor podia comunicar-me com Deus. Agora sinto-me como se tivesse sido feito para o silêncio.

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Aqueles que têm um grande autocontrole, ou que estão totalmente absortos no trabalho, falam pouco. Palavra e ação juntas não andam bem. Repare na natureza: trabalha continuamente, mas em silêncio.

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Aquele que não é capaz de governar a si mesmo, não será capaz de governar os outros.

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A desobediência civil é um direito intrínseco do cidadão. Não ouse renunciar, se não quer deixar de ser homem. A desobediência civil nunca é seguida pela anarquia. Só a desobediência criminal com a força. Reprimir a desobediência civil é tentar encarcerar a consciência.

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Continuarei confessando os erros cometidos. O único tirano que aceito neste mundo é a “silenciosa e pequena voz” dentro de mim. Embora tenha que enfrentar a perspectiva de formar minoria de um só, creio humildemente que tenho coragem de encontrar-me numa minoria tão desesperadora.