segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Outra citação: 1984 por George Orwell

Refletiu que a frase poderia ser quase a transposição de um dos textos básicos do Partido. O Partido proclamava, naturalmente, ter libertado os proles da servidão. Antes da Revolução eram oprimidos pelos capitalistas, tinham sido chicoteados e submetidos à fome, as mulheres forçadas a trabalhar nas minas de carvão (na verdade, as mulheres ainda trabalhavam nas minas), as crianças vendidas às fábricas com a idade de seis anos. Simultaneamente, fiel aos princípios do duplipensar, o Partido ensinara que os proles eram naturalmente inferiores, que deviam ficar em submissão, como animais, pela aplicação de algumas regras simples. Pouquíssimo se sabia a respeito dos proles. Não era necessário saber muito. Contanto que continuassem a trabalhar e se reproduzir, não tinham importância suas outras atividades. Abandonados a si mesmos, como gado solto nas planícies argentinas, haviam regressado a um modo de vida que lhes parecia natural, uma espécie de tradição ancestral. Nasciam, cresciam nas sarjetas, iam para o trabalho aos doze, atravessavam um breve período de floração da beleza e do desejo sexual, casavam-se aos vinte, atingiam a maturidade aos trinta, e em geral morriam aos sessenta. O trabalho físico pesado, o trato da casa e dos filhos, as briguinhas com a vizinhança, o cinema, o futebol, a cerveja e, acima de tudo, o jogo, enchiam-lhes os horizontes. Mantê-los sob controle não era difícil.

Citação livro: 1984 por George Orwell

“Era curioso pensar que o céu era o mesmo para todos, na Eurásia como na Lestásia, como na Oceania. E o povo que vivia sob o céu era também muito parecido - por toda parte, em todo o mundo, centenas ou milhares de milhões de pessoas exatamente assim, ignorantes da existência dos outros, separadas por muralhas de ódios e mentiras, e no entanto quase exatamente iguais - gente que nunca aprendera a pensar mas guardava no coração, no ventre e nos músculos a força que um dia revolucionaria o mundo.”

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Mandamentos Universais

• Não faça aos outros o que não quer que façam com você.


• Em todas as coisas, faça de tudo para não provocar o mal.


• Trate os outros seres humanos, as outras criaturas e o mundo em geral com amor, honestidade, fidelidade e respeito.


• Não ignore o mal nem evite administrar a justiça, mas sempre esteja disposto a perdoar erros que tenham sido reconhecidos por livre e espontânea vontade e lamentados com honestidade.


• Viva a vida com um sentimento de alegria e deslumbramento.


• Sempre tente aprender algo de novo.


• Ponha todas as coisas à prova; sempre compare suas idéias com os fatos, e esteja disposto a descartar mesmo a crença mais cara se ela não se adequar a eles.


• Jamais se autocensure ou fuja da dissidência (Conflito); sempre respeite o direito dos outros de discordar de você.


• Crie opiniões independentes com base em seu próprio raciocínio e em sua experiência; não se permita ser dirigido pelos outros.


• Questione tudo.


Acrescidos por Richard Dawkins:


• Aproveite sua própria vida sexual (desde que ela não prejudique outras pessoas) e deixe que os outros aproveitem a deles em particular, sejam quais forem as inclinações deles, que não lhe interessam.


• Não discrimine nem oprima com base no sexo, na raça ou (sempre que possível) na espécie.


• Não doutrine seus filhos. Ensine-os a pensar por si mesmos, a avaliar as provas e a discordar de você.


• Leve em consideração um futuro numa escala de tempo maior que a sua.


Reflexão

“Posso não ser o mais culto dos homens. Posso não saber a resposta pra um milhão de perguntas. Posso não ter a vitalidade e o rigor dos mais esforçados homens. Posso me enganar muitas vezes. Porém, mesmo não sendo tudo o que sonhei ser. Sou assim. Simples e Complexo. Buscando minhas verdades e aprendendo um pouco a cada dia. Subindo os degraus do conhecimento e a cada dia mais me afastando dos outros.” – BhZ Cobra

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Deus, se existiu, nos deixou.

Lendo diversos textos de célebres pensadores acerca da existencia de um Deus. Vou tirando minhas conclusões e ainda mais retirando da minha visão a névoa e a cegueira a qual foi-me imposta desde que me entendo por gente.

Atribuo a minha inteligencia e a minha curiosidade a atitude de desmantelar toda essa armação divina. Lamento ter perdido 35 válidos anos de minha vida acreditando nessa mentirada a qual somos bombardeados de todos os lados. Hoje, buscando o esclarecimento, constato que se parece muito com aquele filme a qual aprecio muito "Matrix", onde Morpheus se reúne com Neo e lhe oferece dúas pílulas, onde a pílula azul é a pílula da mentira, do comodismo, da ignorancia, da fraqueza que o fará permanecer naquele estado de sonho o qual ele tanto se incomoda. E a pílula vermelha que é a oposição da Azul, lhe trará o caminho necessário para obter a coragem, o esclarecimento, a sabedoria, a verdade sobre tudo a sua volta. Um caminho esclarecedor e sem volta. Desmascarando a realidade e confrontando o homem com o mundo.

Acredito que a atitude de renascer, de acordar para a verdade é momento que chega para cada um de nós simples e pequenos mortais. Até a um mês atrás ainda era um Deísta, hoje isso tudo veio abaixo. E como me sinto feliz com isso. Para mim, usando um termo dos repugnantes religiosos, não há maior revelação do que a aceitação de que não existe qualquer tipo de deus e muito menos os subordinados místicos terrenos Jesus, Moisés e outros.

Graças a minha própia iniciativa de buscar a verdade cheguei nessas conclusões. E com isso puxei toda a responsabilidade dos meus atos para mim mesmo. Sem tentar ficar jogando toda a culpa num ou mais seres divinos.

Falando num sentido figurado. Se realmente existiu um deus que criou a tudo e todos, "o que não acredito mais, felizmente", esse deus perfeito nos criou imperfeitos e vazou!! Foi-se e nos deixou para se virar.

É impressionante como as pessoas são preguiçosas mentalmente. São comodistas em acreditar nas mentiras dos outros homens anos após anos, séculos após séculos. E não exerçem a opção do questionamento de tudo. Não é ver pra crer. E sim compreender e constatar para se propor a refletir sobre tais convicções expostas. Nós não somos obrigado a acreditar nessas mentiras. A quanto tempo tive receio de sequer pensar nisso. Pensava como muitos, que se sequer questionasse a existencia de Deus ou de Jesus que estaria pecando. E que com isso iria pro inferno. Que grande balela.

Exemplificando a afirmação na última frase. Primeiro que o ato "pecado" é uma arma religiosa imposta pelos seres humanos para digamos "controlar" os ignorantes. Para que não tenham a necessidade de raciocinar sobre o que é certo ou errado e agir como tal. Segundo que "Inferno" é outra coisa que não existe e tambem como o pecado, outra forma de manter na linha a maioria e fornecer "armas" aos religiosos para que possam justificar o injustificável. A existencia de Jesus é outra grande mentira. Uma história secular, que nao possui prova concreta nenhuma, que se sustenta por força de uma grande quantidade de igrejas e pastores que como vemos todos os dias, buscam somente uma coisa. O dinheiro dos fiéis. Longo assunto.. rs...

Cobra

Citação Interessante

“Nós vamos morrer, e isso nos torna afortunados. A maioria das pessoas nunca vai morrer, porque nunca vai nascer. As pessoas potenciais que poderiam estar no meu lugar, mas que jamais verão a luz do dia, são mais numerosas que os grãos de areia da Arábia. Certamente esses fantasmas não nascidos incluem poetas maiores que Keats, cientistas maiores que Newton. Sabemos disso porque o conjunto das pessoas possíveis permitidas pelo nosso DNA excede e muito o conjunto de pessoas reais. Apesar dessas probabilidades assombrosas, somos eu e você, com toda a nossa banalidade, que aqui estamos..." – Fern Hill “Monte das Samambaias”

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Primeiras Palavras

Gostaria inicialmente de recomendar uma primeira leitura... Leitura essa.. que para mim, renovou a minha forma de ver o mundo. Eu um homem de 35 anos.. Sempre fui bastante lógico e prático com as coisas.. Sempre pensei muito antes de agir, e sempre tive uma visão meio que analítica de tudo a minha volta. Não sei se por influência do meu pai ou por consequencia da minha juventude semrpe ligada a Informática e Eletrônica.


Lendo essa brilhante metáfora escrita a mais de 60 anos atrás. Precisamente em 1945. Tomei gosto por alguns assuntos que me passavam desapercebido até então. Ao ler esse primeiro livro de George Orwell, me identifiquei com sua forma de escrever. E posteriormente lí outros dois livros deste mesmo grande homem.


O livro se chama "A Revolução dos Bichos" nome original "Animal Farm". Ele nos conta de forma bastante divertida a face mais cruel do autoritarismo e as ferramentas e artimanhas que os "que estão no poder", possuem e usam de forma mais descabrosa para manter sob controle o triste ignorante. É um livro que abre caminhos, que derruba barreiras e que nos convida a enfrentar a realidade do mundo de uma forma mais limpa e nítida. A frase de mais impacto que está nesse livro:

"Um dia conseguiremos distinguir a diferença entre porcos e homens."

Link do Livro:

http://rapidshare.com/files/267111645/A_Revolu__o_dos_Bichos_-_George_Orwell.rar